A operação de factoring, também conhecido como fomento mercantil, é uma forma alternativa de financiamento em que uma empresa vende suas faturas para uma terceira.
Essa empresa terceira, que pode também ser referida como “a factoring”, paga antecipado os títulos a vencer e aguarda o vencimento dos títulos.
A velocidade desse processo faz com que este seja um meio eficaz para as empresas construírem capital de giro. Em vez de esperar 30 a 60 dias pelo pagamentos dos clientes, elas podem receber a maior parte do dinheiro em menos de 24 horas.
Apesar de ser um processo relativamente simples, há muitos detalhes envolvidos que podem confundir quem deseja entrar nesse mercado. Pensando em responder as dúvidas comuns sobre factoring, fizemos este post reunindo as principais delas! Acompanhe conosco:
As dúvidas mais comuns sobre factoring
A factoring é uma financeira?
Uma das principais dúvidas comuns sobre factoring diz respeito à natureza da empresa que realiza o processo. A factoring é muitas vezes confundida com uma financeira, quando na verdade se trata de uma empresa comercial, ou seja, aquela autorizada a exercer atividade mercantil normal.
Isso quer dizer que a factoring não pode oferecer serviços financeiros, como empréstimo, por exemplo. Ela faz a antecipação dos recebíveis comprando dos títulos de crédito dos seus clientes (atividade comercial) e se tornando, então, detentora desses créditos.
Como empresa comercial, a factoring deve utilizar seus próprios recursos e não pode oferecer seus serviços a pessoas físicas, somente para jurídicas, com excessões de profissionais liberais — diferentemente das financeiras, como bancos, que podem captar recursos de terceiros e oferecer para pessoas físicas.
A operação de factoring é um atividade legal?
A legalidade da operação também é uma das dúvidas comuns sobre factoring. Sim, o fomento mercantil é uma atividade legal, tendo como entidade representativa a ANFAC, Associação Nacional de Fomento Mercantil.
Não é preciso de autorização do Banco Central para abrir uma factoring, pois, conforme falamos, não se trata de uma atividade financeira.
Como empresa comercial, o processo de abertura da factoring deve seguir os mesmos procedimentos de uma empresa comum, sendo que o regime tributário ao qual uma factoring está sujeita deve ser o de Lucro Real.
Dessa forma, a factoring deve pagar os seguintes impostos: IRPJ, CSSLL, PIS e COFINS. Há ainda o ISS pago ao município referente à prestação de serviços. Vale ressaltar que apesar de não ser uma financeira, a factoring também está sujeita ao pagamento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Quem são os clientes de uma factoring?
Qualquer pessoa jurídica ou profissional liberal pode ser cliente de uma factoring, incluindo desde pequenas empresas e startups no início de suas atividades até grandes companhias já consolidadas no mercado.
Geralmente, o fomento mercantil atrai mais as PMEs por oferecer mais benefícios do que empréstimos financeiros com bancos. Contudo, empresas consolidadas que buscam formas mais rápidas e menos burocráticas de acessar recursos para capital de giro também possuem no factoring uma ótima opção.
Como a factoring ganha dinheiro?
Por não se tratar de uma financeira, a factoring não está autorizada a cobrar juros — ela cobra, na verdade, um fator de compra ou deságio (depreciação) como remuneração da atividade.
Esse fator varia em cada factoring e dependerá também da avaliação de crédito da cedente (empresa que vende as duplicatas ou cheques) e dos sacados (devedores das duplicatas).
Como é feita a análise de crédito?
Uma das semelhanças da factoring com bancos é que ela também realiza análise de crédito dos seus potenciais clientes antes de comprar uma duplicata ou cheque. Contudo, essa análise é bem mais rápida e menos burocrática.
A avaliação de crédito é feita para entender o risco do sacado não cumprir com as duplicatas — porém, como a garantia do adiantamento à cedente é sempre um título de crédito de um produto ou serviço fornecido, o risco é menor, o que facilita os processos de troca de valores.
Empresas de factoring trocam cheques de próprio emitente?
Outra das dúvidas comuns sobre factoring é sobre a possibilidade das empresas trocarem cheques de próprio emitente pelo serviço. Contudo, isso caracteriza agiotagem, processo ilegal.
O que uma a factoring está autorizada a fazer, conforme falamos, é antecipar o recebimento de cheques repassados para pagamento futuro de produto ou serviço. Por exemplo, um cheque pós-datado que seja referente a uma venda realizada pelo cliente da factoring (cedente).
Os benefícios do factoring são numerosos, por isso a expectativa é de que o fomento mercantil cresça nos próximos anos.
Agora que respondemos as dúvidas comuns sobre factoring, que tal deixar seu comentário abaixo e nos dizer se tem alguma outra informação com a qual podemos te ajudar? Compartilhe conosco!