Securitização é uma prática que visa transformar títulos de crédito resultantes de financiamentos ou parcelamentos, em um títulos de securitização, ou seja, negociável no mercado de capitais.
É uma forma de captar recursos muito importante para o desenvolvimento do país, visto que as empresas conseguem recursos de forma rápida e investidores podem obter uma boa rentabilidade.
A empresa de securitização de ativos empresariais transforma as dívidas ou títulos de créditos em ativos líquidos negociáveis. Depois de negociados com investidores, a securitizadora é responsável por remunerar estes investidores que compram as cotas dos fundos de direitos creditórios, na medida que os devedores pagam as dívidas originárias dos títulos.
Existem 4 tipos de securitizadoras no Brasil, e todas precisam ser reguladas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). São elas:
- Securitizadoras de Créditos Financeiros;
- Securitizadoras de Créditos Imobiliários;
- Securitizadoras de Crédito do Agronegócio;
- Securitizadoras de Ativos Empresariais.
Nesse artigo, queremos falar do título de securitização de ativos empresariais, que se dá através de debêntures, uma forma mais flexível de captação de recursos, mais barata que os tradicionais financiamentos bancários e com taxas de juros menores.
O que é uma Securitização de Ativos Empresariais e como ela ocorre?
Como falamos, esse tipo de título de securitização só acontece através de debêntures, que são títulos representativos da dívida de uma empresa privada. As securitizadoras de ativos empresariais são empresas que emitem no mercado debêntures (títulos) para financiar a aquisição de recebíveis (valor da dívida), e remunera os seus debenturistas (investidores).
O investidor se torna um credor da empresa, que capta recursos em troca de juros. Esse título de securitização é um investimento de renda fixa, porém, alguns fatores interferem na qualidade destes títulos, como por exemplo o tamanho da empresa e sua capacidade de pagamento.
As debêntures trazem uma maior diversificação à carteira do investidor, pois eles são compostos por títulos de diversas dívidas, não apenas de uma. Essa diluição é importante para o investidor, pois caso ocorra a inadimplência em uma delas, o montante de rendimentos não é totalmente afetado, já que existem outras contas a serem pagas. Isso é chamado pulverização de recebíveis.
Como funciona o título de securitização por debêntures
Quando uma empresa faz a negociação com uma securitizadora, ela não procura negociar uma debênture. Ela só precisa da antecipação do recurso. A securitizadora faz esse processo de transformar o título de securitização em uma debênture, para oferecer ao investidor uma oportunidade de investimento com risco reduzido e bom retorno.
As debêntures negociadas por securitizadoras oferecem uma garantia adicional, porque, como falamos, o título de securitização não está atrelado a apenas uma empresa ou um único título de dívida.
Quando uma empresa emite uma debênture, esse valor está totalmente ligado naquela empresa, portanto, se ela não honrar seus compromissos, o investidor terá que recorrer à justiça para receber seu dinheiro ou mesmo perder seus recursos.
Entretanto, na securitizadora, como os recebíveis foram diluídos em diversos títulos, a inadimplência não irá afetar a integridade do título de securitização, mas apenas parte dele. Inclusive, esta é a principal vantagem em investir em debêntures por meio de uma securitizadora.
Quais as outras operações de título de securitização?
A securitização funciona basicamente com 3 elementos:
- A empresa que tem contas a receber;
- A securitizadora que irá transformar a dívida da empresa em títulos de securitização;
- O investidor que comprará estes títulos em troca de um maior rendimento.
Apesar da “base” da securitização ser sempre a mesma, além da debênture, que é o título da securitizadora de ativos empresariais, existem mais 2 tipos de operações de título de securitização.
Entenda um pouco mais sobre as particularidades destes outros tipos:
Certificado de Recebíveis
Existem dois tipos de certificados de recebíveis, o CRI e o CRA. O certificado de recebíveis imobiliário, mais conhecido como CRI, está relacionado a dívidas imobiliárias como aluguéis ou prestação de imóveis.
Geralmente, a construtora vende os imóveis em muitas prestações, mas precisa do recurso para dar andamento na obra. Ao fazer a securitização, ela recebe o valor antecipadamente, com o desconto do rendimento do investidor.
Já o certificado de recebíveis do agronegócio (CRA), são dívidas de agentes rurais, como produtores e cooperativas.
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
Esse outro tipo de operação de securitização é conhecido como FIDC. Esta é uma opção de captação de recursos que pode ser usada por empresas de qualquer setor.
Estas empresas transformam parte das contas a receber em fundos de investimento em direitos creditórios e vendem aos investidores, ou seja, elas fazem a securitização de recebíveis.
É um investimento considerado de rentabilidade alta, porém de altíssimo risco, já que não conta com proteção do Fundo Garantidor de Crédito.
Conclusão sobre o Título de Securitização de Ativos Empresariais
Securitizar vem do inglês “securities”, que significa uma operação de financiamento onde a dívida é convertida em títulos negociáveis.
Apesar de ser um processo em crescimento no Brasil, transformar as contas a receber em recursos imediatos é uma grande vantagem para a empresa. Isso pode garantir o pagamento de dívidas, para obter capital de giro e principalmente a continuidade do negócio.
Para os investidores, é uma excelente forma de diversificar os investimentos e conseguir um excelente retorno. Portanto, é um processo que otimiza e impulsiona a economia.
Sempre é importante lembrar que, como em qualquer investimento, existem os riscos, e por isso o investidor precisa estudar qual é a melhor opção de securitização para ampliar seus rendimentos.
Investir em títulos de securitização de ativos empresariais, que são transformados em debêntures e negociados por uma securitizadora, aumenta a chance de conseguir uma boa rentabilidade, sem correr o risco de ficar preso a debêntures lastreadas em recebíveis de apenas uma empresa.
Por isso, quando o investidor pensa em aplicar seu dinheiro em uma operação de renda fixa que tenha uma alta rentabilidade, essa é uma excelente opção.
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