A aquisição de títulos de crédito exige muito cuidado e análise prévia que o negócio não se prejudique. Com as duplicatas, isso também não deve ser diferente: apesar de haver o aceite, é muito importante se atentar a esse tipo de título, a fim de evitar a inadimplência e prejuízos para o negócio.
Nesse sentido, o perfil do cliente é um elemento indispensável e estabelece uma relação direta com a duplicata. Para entender melhor sobre essa relação, continue a leitura do artigo e tire as suas dúvidas sobre o assunto.
O que é duplicata?
A duplicata, também chamada de duplicata mercantil, é uma espécie de título de crédito que representa o compromisso assumido em uma relação de contratação de serviços, por exemplo.
Trata-se de uma ferramenta obrigatória no faturamento de operações a prazo, sendo uma forma de garantir, de certa maneira, que o cliente vá honrar seus compromissos financeiros e pagar os valores determinados.
No geral, a duplicata é um tipo de cópia da fatura, sendo um título de crédito que deve ser apresentado ao cliente devedor até 30 dias após a sua emissão. É necessário, ainda, que o devedor realize um aceite da duplicata, de modo a reconhecer seu valor e sua dívida, comprometendo-se com o pagamento.
Atualmente, o mercado caminha para aumentar a utilização de duplicatas, até mesmo em substituição ao cheque. Mais segura, é uma opção que tende a se tornar cada vez mais comum no cotidiano do consumidor.
Qual a relação com o perfil do cliente?
O perfil do cliente é um dos fatores mais importantes a serem considerados em uma emissão e possível desconto de duplicata. Isso porque, somente mediante a análise desse perfil de crédito é possível diminuir os riscos de inadimplência de maneira geral.
Ao analisar a relação do perfil do cliente é possível reconhecer se ele é o tipo que honra seus compromissos e paga no prazo, por exemplo. Isso evita a compra de uma duplicata que acaba sendo paga com atraso, o que torna todo o processo ainda mais complexo, burocrático e oneroso.
Além disso, mesmo que a duplicata receba o aceite do cliente, isso não produz prova jurídica incontestável. Assim, se o cliente se negar a fazer o pagamento, por uma série de motivos, e o caso for parar na justiça, ainda há riscos de que o pagamento não ocorra ou não seja realizado como previsto inicialmente.
Com isso, a única forma concreta de afastar ou, ao menos, diminuir a possibilidade de atrasos ou inadimplência é realizando a análise de perfil do cliente.
O que considerar para a análise?
Antes de adquirir uma duplicata, é muito importante fazer uma análise criteriosa. Um dos primeiros passos dessa análise consiste na conferência da DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Esse documento garante que as informações da duplicata estejam adequadas e correspondam à realidade de maneira geral.
Contudo, essa não é a única etapa para uma conferência adequada. É preciso, por exemplo, conhecer o histórico do cliente da factoring, entender como funciona o seu crédito e se ele realiza o pagamento/repasse adequado de recursos. A sazonalidade é outro fator importante. Se o produto do cliente é fortemente influenciado pela sazonalidade, um período de baixa pode indicar problemas em relação ao pagamento dessa duplicata.
Outras questões incluem avaliar a robustez do negócio, a capacidade de geração de recursos e a capacidade financeira em geral. Com isso, entende-se melhor se o cliente em questão é ou não capaz de oferecer pagamento no prazo estabelecido.
Com a análise de perfil do cliente em relação à duplicata é possível, além de reduzir os riscos de inadimplência, encurtar as etapas burocráticas envolvidas no processo e favorecer o controle financeiro.
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