Abrir o próprio negócio é uma decisão importante; mais ainda é decidir sobre qual tipo de negócio é o mais adequado. Em geral, os empreendedores buscam oportunidades em mercados que já possuem um conhecimento prévio — no entanto, isso pode significar perder chances em setores que estão em amplo crescimento.
É o caso dos negócios que oferecem suporte financeiro a outras empresas. Nos últimos anos, negócios como factorings, securitizadoras e, mais recentemente, as Empresas Simples de Crédito (ESC) deram fôlego a outros negócios que precisam de recursos para passar por momentos de crise ou investir na otimização dos seus próprios processos a fim de crescer.
Dessa forma, empreendedores que apostaram em um desses modelos de negócios viram suas oportunidades aumentarem, na medida que fontes alternativas de financiamento ganham o coração dos demais negócios.
E se você está pensando em abrir uma empresa, abaixo explicamos um pouco mais sobre como cada um desses três modelos funciona, e o que você precisa para começar o seu negócio agora mesmo!
Como abrir uma empresa?
O primeiro passo para abrir uma empresa é elaborar um plano de negócios. O Sebrae tem ótimas dicas sobre isso, inclusive um material que te guia sobre a elaboração do seu plano.
Além do plano de negócios, será necessário elaborar o contrato social (a certidão de nascimento da empresa) e registrá-lo junto à Junta Comercial de sua cidade. No entanto, para que esses passos sejam realizados, é preciso antes decidir pelo tipo societário.
O tipo societário impactará no capital necessário para abertura de empresa, no pagamento de impostos e na responsabilização por possíveis prejuízos. Existem cinco tipos societários disponíveis, excluindo-se o MEI (Microempreendedor Individual) que não pode ser opção para quem busca abrir um securitizadora, factoring ou ESC.
Abaixo, explicamos um pouco sobre cada um dos cinco tipos:
- EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): possui um formato de sociedade, porém sem a exigência de sócios, ou seja, é possível abrir como um empreendedor individual. Para abrir uma EIRELI, é preciso investir um capital social mínimo equivalente a 100 salários mínimos vigente. Aqui, há a separação entre o capital da empresa e o capital do empreendedor;
- EI (Empresa Individual): assim como a EIRELI, a Empresa Individual não possui sócios. A diferença aqui é que não precisa de um capital social mínimo, no entanto, o empreendedor pode ser responsabilizado com seu patrimônio pessoal pelas possíveis dívidas da empresa;
- Sociedade Empresária Limitada (Ltda): este é o tipo societário mais comum para quem tem sócios. Neste caso, a responsabilidade é limitada pelo capital social da empresa e, portanto, o patrimônio pessoal dos sócios não se mistura ao da empresa. O contrato social de uma Sociedade Limitada estabelece os deveres, responsabilidades e cotas de cada sócio;
- Sociedade Anônima: também conhecida como S.A., a Sociedade Anônima é similar à Limitada, porém, ao invés de cotas, os sócios dividem sua participação na empresa em ações e são chamados de acionistas. É um modelo indicado para grandes organizações;
- Sociedade Limitada Unipessoal: não há necessidade de sócios nem é exigido capital social mínimo. Neste caso, também não há associação entre o patrimônio da empresa e o patrimônio pessoal do empreendedor.
Qual o melhor tipo societário para abrir uma empresa?
Além de pensar sobre o tipo societário, é preciso pensar, é claro, no tipo de empresa que será aberto. A seguir, fazemos um resumo rápido sobre cada um dos modelos que citamos anteriormente: factoring, securitizadora e ESC!
Factoring
A factoring é a empresa que realiza atividades de fomento mercantil, quando uma empresa compra um título de crédito de venda a prazo de outra empresa com um desconto, e passa a ser detentora do direito de recebimento daquele crédito.
Essencialmente, o fomento mercantil é como uma atividade comercial comum que oferece vantagens para ambas as partes. A empresa cedente (que vende o título de crédito) recebe o dinheiro imediatamente, com desconto, enquanto a factoring lucra com o recebimento do valor integral. Para isso, a factoring deve realizar uma minuciosa análise de crédito.
A factoring fornece capital de giro para as empresas continuarem operando, sendo uma ótima alternativa de financiamento, uma vez que não configura contração de dívidas
Securitizadora
A securitizadora é a empresa responsável por securitizar recebíveis (títulos a receber) em direitos creditórios que são usados como lastro para títulos de investimento que podem ser negociados no mercado de valores.
Apesar do modelo existir no Brasil desde a década de 1970, a securitização vem ganhando espaço no país mais recentemente, atraindo investidores que buscam aproveitar do aumento dos juros e diversificar sua carteira.
A securitizadora é responsável por transformar os ativos, negociar com investidores e, posteriormente, fazer o pagamento dos lucros na medida que as dívidas que originaram os direitos creditórios são quitadas.
Empresa Simples de Crédito (ESC)
A Empresa Simples de Crédito é um modelo de negócio relativamente novo, criado pelo Governo Federal em 2019 como forma de oferecer mais uma alternativa às pequenas empresas que precisam de financiamento para passar por crises ou investir no negócio.
A ESC faz empréstimos com recursos próprios para Microempreendedores Individuais (MEIs) ou Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Elas também podem realizar financiamentos e descontos de títulos de crédito. Sua atuação deve ser local, podendo emprestar apenas para empresas do seu próprio município ou dos municípios limítrofes ao seu.
Neste modelo de negócios, o empreendedor ganha a partir dos juros cobradas nas operações. Fica proibido, no entanto, a prática de alavancagem.
Qualquer um dos modelos de negócios apresenta ótimas oportunidades para o(s) empreendedor(es). Seja qual for sua escolha, a Decisão Sistemas pode ajudar com o software certo para gerenciar sua operação. Conheça um pouco mais das nossas soluções!