Muitos investidores têm dúvidas de se o FIDC vale a pena. Para aqueles que possuem um perfil conservador, a busca por alternativas mais seguras é constante.
Contudo, é importante considerar a segurança, mas sem nunca se esquecer da rentabilidade. Afinal, essas duas características devem estar atreladas, para considerar que um investimento vale a pena.
Assim, uma das opções mais consideradas nesse caso é o FIDC. Apesar de não ser amplamente conhecido, esse fundo pode ser uma boa opção para quem deseja aumentar a lucratividade sem correr muitos riscos. Quer saber mais sobre isso? Então não deixe de ler até a última linha e fique por dentro de tudo!
O que é FIDC?
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) é uma modalidade que tem como objetivo principal investir em direitos creditórios, que são ativos financeiros como duplicatas, cheques, contratos de financiamento, entre outros, originados a partir de operações de crédito realizadas por empresas ou instituições financeiras.
O FIDC é composto por um gestor, que é responsável por escolher os direitos creditórios que farão parte da carteira do fundo, e por um conjunto de investidores que aplicam recursos no fundo. Os investidores recebem cotas do FIDC, que representam uma fração do patrimônio líquido do fundo.
Os recursos aplicados pelos investidores no FIDC são utilizados pelo gestor para comprar os direitos creditórios que farão parte da carteira do fundo. Quando os direitos creditórios se tornam créditos efetivamente recebidos pelo FIDC, os recursos são distribuídos aos investidores na proporção das cotas que possuem no fundo, descontadas as taxas e despesas de administração.
Vale ressaltar que o FIDC é um investimento de renda fixa e pode oferecer rendimentos atrativos.
Para um FIDC ser formado, existem duas formas:
- Fundo aberto: Onde quem investe pode resgatar o capital investido quando quiser, de acordo com as regras estabelecidas no fundo em que aplicou;
- Fundo fechado: Onde só é possível fazer o resgate depois do prazo estabelecido pelo contrato, que é firmado na hora em que se realiza a aplicação.
Mudanças feitas pela lei, entenda
A CVM, ou Comissão de Valores Mobiliários, editou no dia 23 de dezembro de 2022, a Resolução CVM 175. Inicialmente, a Resolução era composta por uma parte geral, aplicável a todos os fundos de investimento. Além disso, ela também trazia algumas regras específicas para os fundos de investimento financeiro (FIF) e para o FIDC.
O projeto teve como resultado, a revogação de 38 normas, que depois disso, ficaram melhor organizadas em uma única norma. Esse número é uma boa indicação da extensão do compromisso da CVM com a sociedade em geral.
Ademais, através da nova regulamentação para os fundos, a CVM espera mostrar avanços fundamentais para aumentar a eficiência no funcionamento do mercado de fundos. Além disso, a expectativa de reduzir custos operacionais para os seus participantes, sem deixar de considerar a segurança dos investidores, é o objetivo primordial da Autarquia.
Maior segurança para o patrimônio dos investidores
Uma das principais preocupações da reforma foram as inovações implementadas no setor jurídico pela Lei de Liberdade Econômica, tendo como destaques alguns pontos. São eles:
- Imposição de um limite para a responsabilidade de cada participante, ao valor das cotas subscritas;
- Possibilitar que os fundos contem com classe de cota com patrimônio segregado para cada classe; e
- Aplicações do instituto da insolvência civil aos fundos.
FIDC vale a pena? Novos caminhos e desafios
A respeito das novidades relacionadas aos FIDC, podemos citar:
- Atribuir responsabilidades ao administrador pela estruturação do fundo, além da verificação do lastro dos direitos creditórios;
- Impor a necessidade de os direitos creditórios serem registrados; e
- A possibilidade, sob algumas condições, de realizar operações denominadas “originar-para-distribuir”.
Quais são as vantagens e desvantagens do FIDC?
Agora que você entendeu um pouco de tudo sobre o FIDC e as principais mudanças feitas pela lei, é hora de saber quais as vantagens e desvantagens do fundo.
Confira a seguir, e sempre tenha essas informações em mente na hora de optar por FIDC:
Vantagens:
- Alta rentabilidade;
- Possibilidade de negociar no mercado secundário;
- Classificação por agência de risco, deixando claro aos participantes do fundo, o grau de investimento;
- Diversificação da carteira de investimentos.
Desvantagens:
- Investimento exclusivo, indicado apenas para profissionais qualificados;
- Não possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito);
- O valor mínimo para começar a investir é de R$25 mil, o que torna um valor inicial consideravelmente alto para alguns investidores;
- Possui baixa liquidez, especialmente por conta das muitas restrições que possui.
O FIDC vale a pena? Quem pode investir?
Como foi dito anteriormente, o FIDC é restrito, ou seja, é indicado apenas para profissionais e investidores qualificados. Mas você sabe quais são eles? Veja a seguir:
- Pessoa física ou jurídica, que os investimentos sejam maiores do que o valor de 1 milhão de reais, comprovadamente;
- Investidores que possuem classificação como profissionais;
- Investidores considerados qualificados que façam parte de alguns clubes de investimentos;
- Investidores certificados pela Comissão de Valores Mobiliários.
A rentabilidade do FIDC vale a pena?
Alguns especialistas no assunto afirmam que o FIDC é um dos melhores fundos de investimento em renda fixa. Alguns fundos, sob determinadas circunstâncias, apresentam uma rentabilidade de até 120% do Certificado de Depósito Interbancário, ou CDI.
Além disso, a lucratividade do FIDC também pode superar a do Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA. Ao escolher investir nesse tipo de fundo, é importante verificar qual tipo de taxa será aplicada no contrato, se a CDI, Taxa Selic, ou outras.
Também é importante fazer uma análise, para saber se essas taxas estão em alta ou em baixa antes de fechar negócio. Pondere sobre as melhores condições para conseguir ter a maior rentabilidade possível.
Depois de ler esse conteúdo, você com certeza concluiu que o FIDC vale a pena. Contudo, decidir se vale a pena ou não abrir um FIDC depende das prioridades da empresa. É preciso sempre ficar de olho nas tendências para se atualizar!