O metaverso no mercado financeiro tem sido um dos temas mais discutidos dos últimos tempos, tendo em vista que esse ambiente virtual possui capacidade para comportar uma estrutura econômica, permitindo assim a realização de diversos tipos de negócios.
Entretanto, o termo metaverso ainda é muito confuso para as pessoas, uma vez que as informações presentes na internet muitas vezes se mostram ambíguas e desconexas.
Neste artigo, falaremos sobre o metaverso no mercado financeiro, explicando de forma detalhada como essa tecnologia funciona na prática.
O que é o metaverso?
O metaverso funciona como uma espécie de ambiente digital hiper-realista, onde as pessoas conseguem interagir entre si, fechar negócios, oferecer serviços e etc. Nesse sentido, a sua principal característica fica por conta do seu modo de acesso, que se dá por meio da internet.
Além disso, para entrar no metaverso, é necessário utilizar equipamentos de realidade aumentada, como os óculos, sensores e outros dispositivos que permitam que as suas ações no mundo real aconteçam também no ambiente virtual.
Por fim, uma vez inserido dentro do metaverso, você conseguirá criar o seu próprio avatar, o qual será utilizado como o seu cartão de visitas, ou seja, a maneira como você se apresentará e viverá nesse mundo.
Resumidamente, o objetivo principal do metaverso é fazer com que grande parte das atividades que fazemos hoje no mundo real, também possam ser realizadas no mundo online.
E como funciona?
Conforme falado acima, o metaverso exige que você crie um avatar – seja ele fictício ou não – para poder interagir com as outras pessoas. A partir daí, atividades cotidianas do seu dia a dia, como ir ao shopping ou a igreja, poderão ser realizadas dentro desse ambiente virtual através de uma representação tridimensional.
Desse modo, se hoje o nosso uso da internet se resume a ir atrás de informações por meio de buscadores como Google e reproduzir vídeos no YouTube, com o metaverso, a expectativa é que possamos ter uma vida lá dentro.
Mas, será que o metaverso no mercado financeiro está sendo visto com bons olhos? É o que veremos no próximo tópico.
Metaverso no mercado financeiro: como o setor tem reagido a essa novidade?
Como é possível notar, o metaverso vem para mudar a interação de todos com o meio digital, remodelando conceitos e proporcionando ao mercado uma total imersão em um cenário virtual e hiper-realista para uma experiência conjunta entre realidade virtual e realidade aumentada.
A possibilidade de ter uma segunda vida em um mundo totalmente digital, vem despertando o interesse de muita gente e, como não poderia ser diferente, instituições financeiras como o Itaú e o Banco do Brasil já se anteciparam criando atrações para esse público por meio da tecnologia atual.
Um exemplo disso, é a campanha trazida pelo Itaú denominada #2022EmUmaPalavra, levada ao metaverso e que chamou a atenção do público gamer com outdoors na Cidade Alta – servidor de RolePlay da Outplay – em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O Banco do Brasil, por sua vez, permitiu que usuários fizessem operações no ambiente virtual relacionadas a experiências bancárias, fomentando assim a educação financeira, mesmo que não construída em blockchain e nem prevendo operações em criptomoedas.
Quais as principais mudanças?
O metaverso no mercado financeiro vai fazer com que a forma como nos relacionamos comercialmente passe por mudanças significativas. Um exemplo disso é a viabilidade de aplicações financeiras utilizando NFTs, que nada mais são do que tokens exclusivos e mutuamente intercambiáveis. Nesse sentido, criptomoedas como Decentreland (MANA), a Sandbox (SAND) e a Enjin Coin (ENJ) já estão totalmente associadas ao metaverso.
Além disso, existem projetos que visam a compra e venda de terrenos dentro desse mundo virtual, os quais poderão ser adquiridos com criptomoedas. Para completar, há também um mercado de fundos de investimento. Ou seja, os gestores investem em ações de empresas que estão ligadas ao setor, como companhias de tecnologia que estão desenvolvendo jogos ou outras iniciativas.
Tudo isso corrobora com a ideia de que nossos hábitos monetários passarão por adaptações, precisando o mercado financeiro se adequar a essa nova realidade de tal modo a minimizar futuros prejuízos. Por fim, um dado interessante divulgado por especialistas, prevê que até 2026, cerca de 25% das pessoas passem ao menos uma hora no metaverso.
Quais outros impactos podem ser citados com a chegada do metaverso no mercado financeiro?
O metaverso terá a sua própria economia, a qual terá como base as criptomoedas. E, se por um lado será necessário investir dinheiro real para construir ativos no mercado virtual, por outro lado, todo dinheiro virtual acumulado precisará ser gasto no mundo real. Logo, muitas oportunidades podem ser desenvolvidas com isso.
Engajamento com os clientes e inovações para o setor também precisam ser citados. considerando as mudanças inerentes a esse novo modo de se comunicar e as constantes implementações de tecnologias focadas na experiência do usuário.
Por último, não há como saber se o metaverso se mostrará sustentável ao longo do tempo ou não, uma vez que ele ainda não existe da maneira como foi descrito pelo fundador do Meta (antigo Facebook).
Entretanto, desafios envolvendo projetos sustentáveis que se mantenham firmes durante um longo período de tempo, implementação de novas tecnologias e o seu tempo de aplicação, são apenas algumas das objeções que o mercado financeiro terá de enfrentar após a implantação definitiva dessa nova realidade.
E aí, entendeu os impactos do metaverso no mercado financeiro? Continue acompanhando nossos artigos para ficar por dentro de outros assuntos para a sua empresa.